O pássaro em si pode até ser irritante. Afinal, imagina um animal fazendo um barulho insistente de batida na madeira. O Pica-Pau do desenho, no entanto, é um sucesso desde 1940.

O personagem foi criado pelo artista Walt Lantz, que o colocou iniciante como coadjuvante nas histórias de Andy Panda, mas com uma outra aparência, mais grotesca e com um jeito mais louco - ao longo dos anos foi mudando de visual até chegar à forma que todos conhecemos.

Foi em 1957 que o Pica-Pau ganhou seu próprio programa na tevê norte-americana, chamado The Woody Woodpecker Show. Já o rival Leôncio, um leão-marinho, apareceu antes, em 1944. O pássaro já era sucesso nos quadrinhos.

Ao contrário de muitos desenhos, cujo personagens passam uma boa imagem, o comportamento inicial do Pica-Pau não era dos melhores, com alusão ao tabagismo e o alcoolismo, por exemplo. Apesar da loucura do começo ter passado, ele ainda tripudiava, roubava comida e irritava os outros personagens, picando madeira e aprontando várias em suas histórias. Esperto e atrevido, nem sempre se dava bem: muitas vezes acabava com um galo na cabeça ao final dos episódios.

Mas é justamente este comportamento do Pica-Pau que conquistou fãs ao redor do mundo, tanto que ele ganhou uma estrela na calçada da fama de Hollywood. Todo mundo queria saber como o personagem ia se virar e terminar as histórias. Torcia a favor e até contra ele.

Quem já viu ao menos um episódio do Pica-Pau sabe que uma das suas principais características é a sua estridente e famosa risada, normalmente nas cenas finais e iniciais. Não tem como não se divertir com ele.

O Pica-Pau foi o primeiro desenho animado a ser exibido na TV brasileira, na extinta TV TUPI, um dia após a sua inauguração, em 19 de setembro de 1950. A curiosidade é que o desenho era transmitido com o áudio em inglês e legendado. Foi apenas na Record, alguns anos depois, que começou a dublagem em português.

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