ENTREVISTA

Rita Nasser "Todos somos contadores em potencial. Basta querer contar, ler muito e deixar a história florescer."

(Rita Nasser)
Como você virou escritora?
Engraçado... Não virei. Acho que sempre escrevi, desde que aprendi, aos seis anos.
Lembro-me inventando histórias nas brincadeiras da infância. Histórias para as bonecas, o cachorro, as amigas.
Escrevi alguns contos e poesias, mas o que mais gosto mesmo de criar são histórias para os pequenos.
Você prefere escrever ou contar histórias?
Bom, escrever é contar também. Escrever é contar com as letras.
Gosto muito de contar com a voz e com as letras. Mas, sinceramente, prefiro contar escrevendo.
O que um bom contador de histórias precisa saber?
Ele precisa saber "acordar" as histórias que vivem adormecidas, nos livros e na memória.
Todos somos contadores em potencial. Basta querer contar, ler muito e deixar a história florescer.


Quando e como você virou contadora de histórias?
(Risos) Não virei, sempre contei. Mas vamos lá:
Em 1990 eu comecei a contar para os pequenos numa escolinha de recreação infantil e percebi que as crianças gostavam de ouvir. Eu contava as histórias dos livros e também aquelas inventadas. Depois li muitos livros de literatura infantil e de teoria. Fiz inúmeros cursos, participei de palestras, seminários. Fui me envolvendo e sei que tenho milhões de coisas para aprender ainda. Hoje ministro cursos e oficinas para futuros contadores de histórias.
Quais são seus principais trabalhos, obras?
Eu escrevi muitas histórias de 1994 até 1998. Houve então a primeira edição do livro A MÁGICA DA FLAUTA, Ed. Paulinas, 1998 e depois descobri que queria estudar um pouco a literatura infantil, guardei meus textos porque pensava que queria aprender mais. Continuei escrevendo, sempre que uma ideia me cutucava. Colaborei com algumas revistas para crianças, sites e participei de algumas antologias literárias. Em 2008, ganhei uma menção honrosa com um texto muito especial que fala da morte (QUERO COLO), que ainda não virou livro infantil. No final de 2010 lancei TEM TREM NA LINHA, Ed. Mundo Mirim.

O que inspira você a criar?
Tudo! Um nome, uma cena, uma pedrinha no caminho, um cachorro dormindo esticado, uma criança sorrindo ou chorando, uma joaninha na roseira, um trem passando.
Como foi a sua infância?
Foi linda. Com muitas histórias, amigas, primas, cachorro, brincadeiras, batizados de bonecas, gente contando histórias. Foi triste também, com algumas perdas.
Qual a dica para criar poesias?
Como disse José Paulo Paes... Poesia é brincar com as palavras. Escrever poesia é deixar-se levar pelo ritmo, pela emoção, pela inspiração. Escrever poesia é como compor! Aqui vai uma:

Quais são os seus escritores/poetas preferidos?
Ah! São tantos. Vou tentar reunir alguns aqui: Fernando Pessoa, Mario Quintana, Machado de Assis (Ideias de um Canário), Cecília Meirelles, Lígia Bojunga, José Paulo Paes, Tolstói, muitos outros. Mas estes aqui são especiais para mim.
Quais foram seus livros preferidos na infância?
Lembro-me dos clássicos, dos contos de fadas, de Monteiro Lobato. Lembro de minha mãe e de algumas tias contando histórias de livros e de gente.
Qual é seu projeto para este ano de 2011?
Contar muitas histórias, sempre. Estou revendo alguns trabalhos e escrevendo novos. Sempre em busca de quem queira publicá-los. Hoje penso que ser escritor é diferente de ser "publicador". Publicar é uma história que envolve muitos interesses e escrever é outra história, mais profunda. É evidente que todo escritor quer publicar e eu também. Conheço muita gente boa que nunca conseguiu publicar e nem por isso deixa de ser grande escritor. É preciso valorizar novos nomes, novas tendências, possibilitanto novas propostas. Tem muita gente que sabe escrever bem e não tem espaço. Escrever vai além e leva além.

Maio de 2011


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